Histórico do VE no Brasil
As iniciativas brasileiras para o uso do veículo elétrico datam do início do século passado. Por volta de 1918, a cidade do Rio de Janeiro já contava com uma linha de ônibus elétrico somente a bateria, entre a Praça Mauá e o Palácio Monroe (já demolido), conforme atestam fotos da época. As dificuldades tecnológicas da época e o preço baixo do petróleo permitiram a intensificação do uso crescente da combustão interna em todo mundo. As crises do petróleo dos anos 70 interromperam este ciclo, permitindo a retomada do veículo elétrico como opção de transporte. Esta nova situação influenciou a pesquisa e o desenvolvimento destes veículos também no Brasil que, nas décadas de 70 e 80 chegou a fabricar modelos de passeio e furgões.
Os diversos fenômenos causados pelo aumento da poluição e emissões para a atmosfera que em muitos casos causaram prejuízos consideráveis às atividades econômicas e ao meio ambiente provocaram novas posturas. A ênfase centrada na eficiência energética, na harmonia ecológica e na justiça social sintetiza o conceito de Desenvolvimento Sustentado, emergente do Relatório Brundtland, Nosso Futuro Comum, em 1987. Este documento subsidiou a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida no Rio de Janeiro, em 1992, na qual participaram mais de uma centena de chefes de estado. Entre as convenções assinadas na ocasião constam: a Convenção da Biodiversidade, da Floresta, da Mudança Climática e ainda a Agenda XXI, carta de compromisso para ações futuras.
Esse evento desencadeou diversas pesquisas, desenvolvimentos técnicos, legislações, conferências no Brasil e no exterior, assim como novos tratados dos quais se destaca o de Kyoto. É importante assinalar que atualmente no Brasil já são fabricados ônibus elétricos híbridos, bicicletas e motonetas elétricas, carros elétricos de pequeno porte e uma grande quantidade de componentes que reúnem as condições de infra-estrutura para a utilização mais intensa dos veículos elétricos e a sua penetração no mercado brasileiro.
Os benefícios decorrentes referem-se à maior eficiência energética e o bem-estar da sociedade com amplas possibilidades de utilização de fontes renováveis de energia tais como o etanol, o biodiesel, a eólica e a solar. A percepção da necessidade da convergência de esforços dos novos atores e agentes deste processo tornou necessária a existência de um organismo autônomo e independente, como a ABVE, que possa reunir os interesses e ideais em prol do desenvolvimento da tecnologia veicular elétrica no Brasil.
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